Ao fim de algumas semanas semanas de trabalho durante este 2º período, acertamos todos os pormenores relativos ao nosso produto final da disciplina de Área de Projecto, o peddi-paper.
Após discussão entre todos os grupos, decidimos o percurso, a duração da actividade, a data da sua realização, os prémios a atribuir aos primeiros classificados e a quem se destina esta actividade.
Esta actividade foi pensada com vários objectivos. Os objectivos são:
- Conhecer a cidade de Viana do Castelo;
- Enriquecer e testar conhecimentos sobre reciclagem;
- Divulgar e testar conhecimentos sobre os OGM´s;
- Testar conhecimentos acerca da poupança de energia;
- Divulgar as energias renováveis existentes na cidade de Viana do Castelo;
- Divulgar possível implementação de outras energias renováveis em Viana do Castelo;
- Informar a comunidade acerca da riqueza do património ambiental de Viana do Castelo;
- Consciencializar a comunidade para a questão da protecção ambiental;
- Divulgar as medidas e as politicas de conservação da flora como património ambiental de Viana do Castelo, levadas a cabo por entidades governamentais;
- Sugerir pequenas medidas de foco local mas acção global.
Nem todos estes objectivos são referentes ao nosso tema, isto porque, esta actividade é uma actividade conjunta da turma que está dividida em grupos, que tratam diferentes temas.
Nos últimos dias, o grupo não tem actualizado a informação do blog, devido a estarmos ocupados a trabalhar num projecto que engloba toda a turma e que consiste na realização de um peddi paper na cidade sobre: “O Ambiente e a cidade de Viana do Castelo”.
Estamos ainda a aguardar o envio de informação respeitando ao consumo de energia em Viana do Castelo por parte da EDP.
Logo que essas informações nos sejam enviadas e outras entretanto recolhidas, o grupo actualizará este blog.
Ciclo de energia
Antes de se transformar em calor, frio movimento ou luz, a energia sofre um percurso mais ou menos longo de transformação, durante o qual uma parte é desperdiçada e a outra, que chega ao consumidor, nem sempre é devidamente aproveitada.
Impacte da energia no ambiente
A energia é essencial ao bem-estar, tanto económico como social das populações. As exigências cada vez maiores de consumo de energia, a nível mundial, obrigam á utilização crescente dos recursos energéticos, com consequências nefastas para o ambiente. A mais gravosa é o aumento do efeito de estufa, que tem origem nas elevadas emissões de alguns gases para a atmosfera terrestre, resultantes da combustão de recursos fósseis. Esta excessiva concentração de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera terrestre, reduz a libertação de calor para o espaço, provocando um aumento médio da temperatura e o aquecimento global do planeta.
A menos que os comportamentos do Homem mudem, será difícil inverter a situação. Para isto, foi proposto em 1997 o Protocolo de Quioto que vincula que os participantes cumpram as metas de redução das emissões da GEE até 2010.
A Portugal, foi permitido aumentar as emissões em 27% em relação a 1990. No entanto, este limite já foi ultrapassado em 9%, segundo os dados de 2003.
Consumo de energia no mundo e em Portugal
Para as necessidades energéticas do mundo, utiliza-se a exploração dos combustíveis fosseis, o que leva a que as reservas se esgotem a um ritmo acelerado.
Só os Estados Unidos, consumem por ano um quarto de toda a energia produzida no mundo, já o Canadá detém o consumo per capita mais elevado em 9.6 (tep per capita) em 2004.
Actualmente, muitos países apostam no carvão para aproveitamento energético porque os preços do gás e do petróleo são instáveis. Assim poupam mais dinheiro mas poluem muito mais.
Já Portugal produz apenas 15% da energia que consome, tornando-se dependente da utilização de energias fósseis importadas. Esta situação tem consequência na economia, uma vez que o custo dos combustíveis fosseis importados encarece a produção de bens e serviços em território nacional.
A Utilização pouco eficiente da energia traz ameaças preocupantes para o país, seja do ponto de vista económico-social ou ambiental. Assim devemos aumentar a eficiência no consumo de energia e aproveitar o potencial das energias renováveis em Portugal, com destaque para a energia solar, eólica, hídrica e da biomassa,
É imprescindível adoptar um novo modelo baseado na eficiência energética e na difusão das energias renováveis.
O que podemos fazer já?
- Aumentar a eficiência na transformação energética
- Aumentar a eficiência no consumo energético
- Redefinir politica de transporte e indústria
- Mudar os padrões de consumo.
Na nossa casa:
- Um bom isolamento térmico das casas permite a redução das perdas de calor e as infiltrações, ou seja, já não há a necessidade da compra de sistemas de climatização.
- Tanto no Inverno como no Verão, aproveitar ao máximo a luz natural de modo a reduzir o consumo das lâmpadas.
- Utilização de lâmpadas fluorescentes compactas, estas gastam menos 80% de energia que as lâmpadas clássicas
- A compra de electrodomésticos com maior eficiência energética e a sua utilização mais responsável reduz o consumo de energia.
- Em relação ás televisões, fazer o possível para que só esteja ligado uma televisão numa mesma casa e desligar a televisão no botão e não no comando.
- Quando se utiliza o forno, preferir os recipientes de cerâmica ou vidro, pois estes baixam a temperatura necessária em 25ºC, já que estes retêm maior quantidade de calor.
- Confeccionar pequenas refeições no microondas, pois este gasta menos 70% de energia.
- Utilizar a máquina de lavar roupa e a máquina de lavar loiça com a carga completa. Programar estes aparelhos para o período nocturno e evitar o ciclo de pré-lavagem. Se possível comprar aparelhos com maior eficiência energética – classe A.
- Desligar sempre o computador e os seus sistemas periféricos. Se possível utilizar PC portátil, pois estes consomem menos 90% de energia do que um PC normal.
Na construção:
Sugestões simples para quem estiver a pensar comprar ou fazer obras em casa.
- A orientação do edifício deverá estar optimizado para as diferentes estações do ano, de modo a usufruir do mais tempo possível da luz solar/natural.
- Utilização de materiais adequados para o melhor isolamento de janelas, paredes, chão e tecto de modo a reduzir a necessidade de climatização.
Aplicação das energias renováveis na construção
Colectores Solares Térmicos
Estes sistemas têm a função de aquecer a água, para tal captam a energia do sol, transformando-a
Micro turbinas eólicas
Funcionam a partir da energia do vento que acciona o sistema para a produção de electricidade. Embora as mais comuns sejam colocadas nos terrenos, tem-se vindo a desenvolver equipamentos mais pequenos de modo a evitar-se a perda de espaço útil. Reduzem o consumo de electricidade entre 50% e 90%.
Painéis foto voltaicos
É uma forma de aproveitamento da energia solar. Por meio do efeito voltaico a energia contida na luz do sol é convertida em energia eléctrica. Estes sistemas podem ser utilizados em locais isolados da rede eléctrica ou como sistemas ligados á rede.
Estes sistemas aproveitam o calor do interior da Terra para o aquecimento. No Inverno absorvem o calor da Terra e levam-no para o interior da casa. No verão funcionam como ar condicionado, retirando o calor das casas para refrigera-lo no solo.
Na maior parte das tarefas que realizamos no dia-a-dia estamos a utilizar energia (usar o carro, ligar o computador, ver televisão, etc.).
Tendo isto em conta, não é estranha a grande importância da energia para o Homem. A energia é convertida nas mais diversas formas de impulsionar a vida e existe na Natureza em diferentes formas: energia térmica (manifesta-se sob a forma de calor), energia nuclear (manifesta-se sob a forma de radioactividade), energia mecânica (manifesta-se sob a forma de movimento), energia química (manifesta-se, por exemplo, através dos seres vivos), energia eléctrica (manifesta-se sob a forma de corrente de electrões) e energia radiante (manifesta-se, por exemplo, sob a forma de luz).
Para que as sociedades se desenvolvam a energia é fundamental. Contudo, a maior parte de energia usada no Mundo provém de combustíveis fósseis como o carvão, o gás ou o petróleo, cujas reservas têm vindo a diminuir.
A utilização excessiva dos combustíveis fósseis aumenta a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, contribuindo para o efeito de estufa.
Caso não sejam encontradas novas soluções energéticas, o nosso estilo de vida e o nosso futuro podem estar comprometidos. Os esforços para a utilização eficiente de energia e a aposta nas energias renováveis (sol, água e vento), têm vindo a crescer.
Actualmente, podemos dividir as fontes de energia em dois tipos: renováveis ou alternativas e não renováveis ou fósseis.
As fontes de energia renováveis ou alternativas são fontes de energia inesgotáveis, entre as quais temos:
- Hídrica: obtida a partir dos cursos de água e pode ser aproveitada por meio de um desnível ou queda de água.
- Eólica: provém do vento. Tem sido aproveitada desde a antiguidade para navegar ou para fazer funcionar os moinhos. É uma das grandes apostas para a expansão de produção da energia eléctrica.
- Solar: provém da luz do sol, que depois de captada pode ser transformada em energia eléctrica ou térmica.
- Geotérmica: provém do aproveitamento do calor do interior da Terra permitindo gerar electricidade e calor.
- Marés: é obtida através do movimento de subida e descida do nível de água do mar.
- Ondas: consiste no movimento ondulatório das massas de água, por efeito do vento. Pode aproveitar-se para a produção de energia eléctrica.
- Biomassa: trata-se do aproveitamento energético da floresta e dos seus resíduos, bem como os resíduos da agro-pecuária, da indústria alimentar ou dos resultantes do tratamento de efluentes domésticos e industriais. A partir desta pode produzir-se bio gás e bio diesel.
As fontes de energia não renováveis ou fósseis encontram-se na Natureza em quantidades limitadas e finitas. Entre estas temos:
- Carvão: extraído de explorações mineiras, foi o primeiro a ser utilizado em larga escala, estima-se ter as maiores reservas (200 anos). É o que provoca impactos ambientais mais graves.
- Petróleo: é uma mistura de compostos orgânicos. É sobretudo utilizado nos transportes. É uma das maiores fontes de poluição atmosférica, estima-se que as suas reservas esgotem nos próximos 40 anos.
- Gás natural: embora menos poluente que o carvão e o petróleo, também é causador de alterações climáticas. As suas reservas têm fim previsto para daqui a 60 anos.
- Urânio: elemento químico existente na Terra, constituindo a base do combustível nuclear utilizado na industria de defesa e civil. Tem um poder calorífico superior a qualquer outro combustível fóssil.
Nos nossos dias a procura de energia incide fundamentalmente nos combustíveis fósseis. Esta tendência tem que ser invertida de modo a tornar o seu consumo mais eficiente e a substitui-lo gradualmente por energias renováveis.
Azenhas de D.Prior é o nome pelo qual os vianenses conhecem o Moinho de Maré situado no limite da cidade com a freguesia da Meadela, onde o ribeiro de Fornelos desagua no rio Lima.
Os moinhos d maré são o tipo menos comum de aproveitamento da energia hidráulica no Norte do país. De facto, numa região onde uma densa rede hidrográfica permite a disseminação de azenhas de roda vertical nos rios de maior caudal e de pequenos moinhos de rodízio pelas linhas de água menos importantes, o moinho de maré, devido à especificidade das condições geográficas que exige, torna-se mais raro.
O moinho de maré, uma vez que funciona com a diferença entre a preia-mar e a baixa-mar, precisa de condições muito específicas: proximidade da costa, geralmente no estuário dos rios, e uma zona que a preia-mar alaga.
O seu funcionamento é semelhante ao dos pequenos moinhos: um jacto de água é dirigido de forma a incidir nas penas do rodízio, imprimindo-lhe um movimento giratório, que um veio transmite directamente à mó.
Para que seja a diferença entre as marés e criar esse jacto, o moinho tem de ser construído no local onde as águas do rio, sob a pressão da maré alta, crescem para a margem, alagando-a, regularizando essa mesma entrada através de um canal, com uma comporta.
A força do caudal na enchente abre a comporta, permitindo assim a passagem da água. Neste movimento da maré, o moinho está parado. Quando a maré enche totalmente e se inicia a vazante, o caudal toma o sentido contrário, fechando a comporta.
O moleiro espera então que a água do rio desça o suficiente para emergir os rodízios e, nessa altura, abre as pequenas comportas afuniladas que vão esvaziar a caldeira, criando jactos de água que incidem nos rodízios, fazendo girar a mó. Quando a caldeira fica vazia os rodízios param, esperando pela nova maré-cheia.
Historia
A historia deste moinho inicia-se em 1803, quando António Pereira Pinto Araújo, Abade de Lobrigos e Dom Prior da Colegiada de Barcelos – que veio a dar o nome às azenhas - , solicitou autorização à câmara para “ fazer todo seu” o terreno pantanoso, “por não ser útil a algum individuo” a fim de o drenar e tornar cultivável e assim “assegurar a publica felicidade a todos os viventes desta vila”. No entanto esse seu primeiro intento depressa desapareceu e logo em 1809 há referências à existência deste moinho movido pela força de maré, que aparece referenciado na Carta Cadastral da Cidade de Viana do Castelo de 1868, onde se pode ver a existência de 4 mós.
Não é possível ter certezas, uma vez que a documentação falta, mas é provável que nos finais do século XIX, o industrial francês Jules Deveze tenha comprado as azenhas aos seus anteriores proprietários. Terá sido ele quem lhe introduziu enormes melhoramentos, transformando-o num mecanismo pré industrial. Para isso, substitui todo o maquinismo que seria de madeira, por outro de metal com um sistema de rodas dentadas e de desmultiplicação do movimento, a que terá anexado uma serração de madeira, movida pela mesma fonte de energia.
A importância desta indústria é reconhecida por Luís Figueiredo da Guerra em 1904, num Guia de Viana do Castelo: “ as industrias vianenses limitam-se à moagem de cereais e serração de madeira e ainda à tecelagem de juta (…) A dúzia de fábricas de serração e moagem ocupam algumas dezenas de operários, situados nesta cidade, Senhora das Areias, em Darque, Portuzelo, Santa Marta, Lanhezes e Barroselas”.
Entretanto as azenhas foram compradas por Leão Fernandes, num momento em que a sua importância decaiu, sendo abandonadas, talvez na década de 1930. O que anos antes fora uma importante indústria acabou por se transformar numa ruína.
Em 1939 o conde d’ Aurora descreveu as azenhas no seu Roteiro da Ribeira Lima: “à beira do Lima ficam as Azenhas do Dom Prior, condenadas pelo modernismo: há décadas que a força motriz dessas velhas azenhas é a maré! Isso mesmo: a célebre hulha verde, glória do século, existe há muito em Viana, nas arcaicas, velhas, poéticas azenhas de D.Prior, cobertas de erva e de musgo”.
Nos anos que se seguiram, este moinho parecia ter o destino traçado. Em
Com o Programa Polis, as Azenhas de D.Prior retomam uma nova fase da sua vida, não com intuitos saudosistas, mas, muito pelo contrário, integrando o novo Parque da Cidade, com o objectivo de mostrar aos mais novos como é possível e desejável o aproveitamento de uma fonte de energia não poluente, gratuita e inesgotável.
Texto extraído de um desdobrável do Centro de Interpretação Ambiental de Viana do Castelo
Depois de uma rigorosa análise dos recursos existentes e do grau de interesse, o grupo optou por trabalhar a temática das energias renováveis em Viana do Castelo.
Viana do Castelo, cidade costeira, é um local onde o vento e a luz que chega do Sol é abundante. Daí, acharmos que são condições favoráveis à implementação de energias nao poluentes, como a energia eólica (já existe um parque eólico em Viana do Castelo) e a energia solar.
Visto termos as condições ideais para trabalhar acerca desta temática, não perdemos tempo e pusemos mãos à obra.
Desde logo, e por indicação da professora da disciplina de Área Projecto, decidimos participar no Concurso Cidades Criativas.
Após discussão entre os elementos do grupo, chegamos à conclusão de que o título mais adequado para dar ao blog seria "Viana do Castelo Renovável".
E aqui está o nosso blog, pronto para vos dar toda a informção acerca daquilo que se faz e que se pode vir a fazer no campo das energias renováveis em Viana do Castelo.
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